Um dos grandes desafios da gestão empresarial contemporânea é promover o envolvimento e a interação dos colaboradores nos processos empresariais. Se implementados de forma adequada, os resultados são consideráveis.

Instrumentos interessantes de gestão empresarial

Estudos apontam que funcionários que comprometidos são mais produtivos, têm maior qualidade de vida e desempenham suas funções de forma mais satisfatória.

Endoacting e Endomarketing

Para que esses positivos objetivos sejam alcançados, cada vez mais as empresas têm buscado por ferramentas que potencializem os valores individuais e coletivos, como o endoacting, instrumento que propõe mudanças na cultura corporativa como meio de estabelecimento do bem-estar organizacional.

A proposta é tornar os funcionários colaboradores nos processos, incentivando-os a pensar como os donos do negócio. A chave para atingir essa sinergia é compreender que sem identificação não existe motivação. Este novo modelo de gestão vem complementar o Endomarketing, não basta “vestir a camisa”, precisam pensar como “donos do negócio”.

A técnica do endoacting foi desenvolvida pelas grandes corporações americanas em resposta à crise econômica e gestorial de 2008. Na ocasião, a meta era pluralizar as funções, aproveitando o máximo da mão de obra, sendo o discurso baseado no comprometimento bilateral de patrões e empregados.

Benefícios

Em Minas Gerais, estado considerado um dos mercados mais exigentes e tradicionalistas do país, a ferramenta pode ser uma alternativa às resistências e rejeições às mudanças, muitas vezes positivas. Porém, muitas vezes não são encaradas de maneira adequada pelos colaboradores.

Certamente, esse tipo de conflito esteja relacionado às falhas de comunicação e à ausência de planejamento por parte dos gestores, que ainda pensam a empresa como meio de satisfação de suas próprias necessidades, ignorando os anseios coletivos.

Assim como no endomarketing, técnica que conquistou o mercado na última década, o endoacting propõe a adoção de posturas que priorizem a aproximação do funcionário, motivando, envolvendo e incentivando a participação ativa dos colaboradores. As técnicas, apesar de terem o relacionamento interpessoal como protagonista, são distintas e podem ser aplicadas em empresas de diferentes portes e segmentos de atuação.

Comportamento da liderança

Para que tais benefícios sejam verdadeiramente obtidos, é necessário empenho por parte de todo o grupo empresarial. Os níveis hierárquicos devem ser definidos, mas não podem limitar as relações. As estratégias de liderança mudaram e, se anteriormente o conceito comercial era de que o negócio refletia o temperamento do dono, hoje o panorama é outro.

A gestão empresarial tornou-se situacional, adaptável ao perfil de cada empregado e a cada circunstância. Nesse contexto, a relação “ganha-ganha” promovida pelo endoacting vai além do bom relacionamento. Na prática, a técnica atua como um lapidador de parceiros, revelando capacidades e potencializando a atuação estratégica de cada funcionário.

Administrar negócios ultrapassa as atribuições definidas no contrato de trabalho e na razão social. Gerir organizações compreende a condução dos procedimentos cotidianos, inclusive, as pessoas e seus desafios diários. A relação de comprometimento só pode ser alcançada quando o esforço envolve o grupo. O primeiro passo é mudar o pensamento para, consequente, mudar as ações.

Conclusão

Com esta visão desenvolvemos também uma competência de lideranças diferenciadas, dispostas a serem mais parceiras de suas equipes, flexibilizar e adaptar a situação, entendo na prática o sentido de liderança servidora e situacional.

Neste atual momento do cenário sócio econômico brasileiro, onde tempos são incertos, cabe a cada organização buscar o maior número de profissionais produtivos, comprometidos e engajados. Além de realizar uma congruência e enveredar por novos modelos de gestão empresarial.